segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

E ele não é o meu cantor, mas eu não ligo ♥

   O último mês foi o pior da minha vida, e quando eu pensei que não teria mais fim, Jou me apareceu esse último final de semana.
  Foi como se percebessem o que se passava aqui por dentro e me mandara alguém pra ver se eu reagia. Que saudades. Foi automático, Jou me abraçou e sussurrou: Tu me estressa, caramba. Também te amo, Jou.
  Sentamos no maldito banco da praça e conversamos por horas. Entre olhares, risadas, toques carinhosos, ele me perguntava todos os detalhes dos últimos meses, este em especial, o pior da minha vida.
  E eu explicava, cada dia que passava, era como se quanto mais eu me cercava de pessoas, mas só eu me sentia. "Eu me enxergo em todo lugar, menos onde eles estão, e eu tento ser forte e isso só aumenta minha frustração, porque as coisas sempre são mais difíceis pra mim." E então ele disse: "Você que complica as coisas, caramba, aah, eu estou com tanto ódio disso!"
  Talvez esse seja o meu problema, onde eu vivo condenada e sem saída em um passado que parece não ter fim. E eu tinha tanto pra falar, mas não encontrei palavras, me calei diante da pessoa que eu mais admirei naquele instante.
  Ele me entendeu, ele sempre me entende. Jou me abraçou novamente e falou a última coisa que eu esperava ouvir naquele momento: "Eu sei que você me ama, eu também me amo, opa, te amo, eu também te amo, Peh." Risos. É o irmão que eu nunca tive, talvez um segundo pai, vai ver só um amigo mesmo, e isso é tão gostoso, saber que alguém se importa. Hoje é a tortura mental de sempre, a segunda cinzenta, o céu nublado, a mesmice da minha casa velha, e apesar do fim do final de semana e a partida dele, acho que encontrei meu ponto de paz, e espero que essa sensação seja eterna, pelo menos enquanto dure, e que dure pra sempre .

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